sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Comidas com sabores bem exóticos


"O que parece repulsivo em uma parte do mundo em outra é simplesmente considerado almoço." A frase é do jornalista americano Jerry Hopkins, autor do livro Strange Foods, ou comidas estranhas, inédito no Brasil. Ai ai, então vamos dar uma olhada no que vem por aí de mais gostoso...



Feijão doce (e gelado!)




Chamado de azuki beans (ou feijão azuki), um novo sabor da sorveteria americana Häagen-Dazs é um reflexo da força da comunidade oriental em São Paulo. A invenção está à venda apenas na capital do Estado e no continente asiático, onde o doce de feijão é bastante comum. Dizem ser cremoso e não lembrar em nada os típicos tutu, tropeiros a internacionalmente conhecida feijoada, que bom, não é! Quem provou afirma que se não fosse pelos feijões inteiros presentes na massa (putz eu amo feijão, mas que aflição...), seria possível acreditar que se trata de um sorvete de creme.




 
Churro de bacalhau







Quando você ouve a palavra churro, huumm já vem aquele gosto de canela e açúcar, mas nesse aqui esqueça, nele vai bacalhau, diferente né, pois então, só tem a massa do churro coberta de bacalhau desfiado e esse churro vem como na imagem em forma de espiral, com aproximadamente 3 metros de comprimento. Nossa, deve ser muito bom, humm, esse eu quero!!!





Trufa de chá verde




A trufa é chamada de Matchá, tem base de chocolate branco bem amanteigado. Mas no final vem aquele amarguinho do chá verde. Pros apreciadores de comida japonesa, esse eu mando a receita, Bom apetit!!!

Ingredientes:


100 ml de creme de leite de caixinha
10 g de matcha
225 g de chocolate branco
40 g de manteiga sem sal amolecida


Cobertura:


500 g de chocolate branco
Pó de matchá para polvilhar

Modo de Preparo:


Derreta o chocolate branco do recheio no microondas, em potência média (potência 5) por cerca de 2 minutos ou até que esteja derretido
Misture vigorosamente com uma espátula até obter um derretimento homogêneo e sem pelotas.
Em uma vasilha, misture o creme de leite e o matcha
Vire esta mistura de matchá sobre o chocolate e misture inicialmente com uma espátula e depois com um fouet (batedores de bolo, também para evitar pelotas)
Junte manteiga amolecida e misture bem
Leve à geladeira por cerca de 30 minutos ou até firmar
Faça bolinhas e leve ao congelador por 10 minutos
Derreta o chocolate branco da cobertura no microondas na potência média (Pot. 5)
Dê o choque térmico no mármore ou esfrie a vasilha do chocolate em um recipiente com gelo até a cobertura atingir a temperatura de 28C
Banhe as bolinhas e disponha as trufas sobre uma superfície forrada com papel manteiga
Polvilhe pó de matchá para decorar
Conservar em temperatura ambiente


Dicas: Além das trufas, pode-se usar o matchá em bolos e cookies.


Propriedade Nutricionais:


O chá verde é excelente para acelerar o metabolismo e, consequentemente, para o emagrecimento. Possui catequinas, que funcionam como antioxidantes. Auxiliam fortificando o sistema imune, evitando o aumento do colesterol emantendo a pressão arterial em níveis normais.



Bóra emagrecer com trufas!!!! rsrsrsrsrs




Leite com inhame e sagu gigante





Só provando para entender do que se trata o pobá, à venda na padaria mais oriental de São Paulo, a Bakery Itiriki, comandada por uma família taiwanesa. É um milk-shake meio farinhento feito de leite batido com pó de inhame-roxo. No fundo do copo, bolas negras de gelatina e tapioca que lembram sagu, mas são do tamanho de um grão-de-bico.

Ah pára inhame com sagu, putz é nojento igual jujuba.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010


Ruy Ohtake: “A simetria me incomoda”



O apartamento de Ruy Ohtake, num flat projetado por ele em São Paulo, expressa em cores, curvas, concreto aparente e obras de arte uma visão bem particular sobre a arquitetura e o jeito urbano de morar.




Essa é a fachada do prédio em que vive Ruy Ohtake, também autor do projeto



Entrar nesta cobertura, no 17º andar de um flat numa das mais elegantes ruas da capital paulista, desconcerta. Demora um pouco até que se entenda como se distribuem os ambientes, talvez por causa da distração provocada pelas obras de arte de grande porte, como a coluna vermelha de Franz Weissmann, e por móveis marcantes, a exemplo da estante-cabideiro-bar-mesa amarela de 18 m de comprimento desenhada pelo morador, o arquiteto Ruy Ohtake.



Ruy Ohtake vive rodeado de ondas e formas orgânicas



Passado o ofuscamento inicial, percebese que duas escadas conduzem a mezaninos que não se comunicam e, de tão pequena, mal se nota a cozinha. A explicação para a planta não convencional, nas palavras do arquiteto: “Decidi morar aqui quando o prédio estava em obras. Durante três anos, ocupei metade deste andar, equivalente a oito unidades do flat. Depois, comprei a outra parte e juntei as duas”, conta Ruy, que se orgulha de ser “o primeiro paulistano a viver no primeiro flat da cidade”.



1) Concreto Recorrente no projeto, o concreto molda as estantes no mezanino, onde vive Ruy Ohtake.
2) Escadas O concreto também está nas escadas, além de aparecer no piso, no teto, nas vigas e nos elementos vazados que capturam a luz pelo alto.
3) Cores Aqui e ali, o cinza dá lugar ao amarelo, vermelho e  azul.



Em 1982, 13 anos antes de mudar-se para o atual endereço, ele aderiu a esse estilo de vida. “Não me preocupo com a administração da casa. Não tenho lavanderia nem sinto falta de uma cozinha equipada. Para café e comidas triviais, vou à cafeteria, no andar de baixo. Para todo o restante, aos restaurantes da rua Amauri”, diz, referindo-se ao polo gastronômico localizado sob seus pés, a uma descida de elevador
Autor de diversos outros flats e hotéis, Ruy adaptou-se como ninguém a esse jeito contemporâneo de morar. A rotina doméstica é tão descomplicada que até o forno de micro-ondas, sem uso, seguiu para o apartamento do filho, Rodrigo. A fiel Anésia, sua camareira exclusiva há 12 anos, no fundo não se conforma. “E se quiser tomar um chazinho tarde da noite?”, pergunta-se, preocupada.




A estação de trabalho posicionada junto aos janelões supre o arquiteto de outro ingrediente indispensável: “Preciso ver o horizonte para trabalhar bem”, afirma. Combinados ao vidro, painéis curvos de concreto recortam a paisagem. O espaço é coroado com a escultura pendente assinada por Tomie Ohtake.



Para o arquiteto, o sentido de retiro desta cobertura reside em outras instâncias. “Aqui é um lugar para mim. Nem recebo muita gente. Para a última festa, a banqueteira teve até que trazer um fogão”, conta. A falta de uma infraestrutura considerada básica por muitos não significa, de forma alguma, descuido com a casa. “Agora estou mexendo no jardim sobre a laje, quero ter mais grama... Lá, gosto de tomar sol e ler”, fala.



Como um guarda-corpo, a onda de concreto ladeia o mezanino do apartamento.
Deste lado há dois quartos – muito usados quando os filhos de Ruy (Elisa, atriz, e Rodrigo, arquiteto)
eram mais novos. O azul das paredes repete o da fachada.



A leitura, por sinal, é uma atividade importante na rotina do arquiteto, a julgar pelos cadernos de jornal separados sobre a mesa, incluindo edições de domingo do The New York Times. Rodeado de obras assinadas por nomes como Amilcar de Castro, Tarsila do Amaral, Alfredo Volpi, Pablo Picasso, Carmela Gross, Luiz Paulo Baravelli, Roberto Burle Marx e Oscar Niemeyer – esta última, com dedicatória –, o arquiteto defende que a arquitetura, como a arte, deve trazer emoção e surpresa, nunca indiferença. E isso, segundo ele, se consegue pela mistura de formas, cores, texturas e materiais. Um equilíbrio difícil? “Muitas vezes, é um desequilíbrio. A simetria me incomoda.”